Autismo Tardio
O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento que altera a maneira como as pessoas percebem e interagem com o mundo. Quando nos referimos à s caracterÃsticas do autismo, nos deparamos com o que é conhecido como a "dÃade do autismo", que inclui dificuldades na comunicação e interação social, bem como a presença de padrões de movimentos restritos e repetitivos.
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O conceito de "espectro" foi introduzido em 2013 para representar a variedade de sinais e nÃveis de suporte presentes no Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Isso se deve ao fato de que cada indivÃduo dentro desse espectro possui suas próprias caracterÃsticas e singularidades, o que os torna únicos.
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É fundamental ressaltar que o TEA não é uma doença e, portanto, não possui uma cura especÃfica. Em vez disso, existem intervenções fundamentadas em evidências cientÃficas que visam apoiar e melhorar a qualidade de vida daqueles que se encontram nesse espectro.
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Por ser um espectro, o autismo permite que cada indivÃduo manifeste suas próprias caracterÃsticas, desafios e diferenças, enriquecendo a diversidade e demonstrando as diversas maneiras de ser autista.
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IndivÃduos no espectro autista experimentam o mundo de uma maneira distinta, agindo e interpretando as experiências de forma diferente em comparação com pessoas consideradas neurotÃpicas, ou seja, sem nenhum transtorno ou condição. Adicionalmente, uma pessoa com autismo pode enfrentar desafios nas relações cotidianas, dificuldades em lidar com mudanças na rotina e até mesmo em ambientes com muitos estÃmulos visuais e sonoros.
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O diagnóstico tardio de autismo é uma realidade cada vez mais comum para muitos indivÃduos. O diagnóstico clÃnico se baseia na observação direta do comportamento do paciente e em entrevistas com familiares. Isso ocorre, em grande parte, devido ao aumento da conscientização sobre o TEA e aos avanços nos processos diagnósticos que possibilitam identificar pessoas no espectro, mesmo na idade adulta.
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Embora o processo de diagnóstico tardio de autismo possa ser longo e desafiador, obter um diagnóstico pode trazer alÃvio e autoconhecimento, auxiliando na obtenção do suporte e apoio necessário para construir um futuro com mais independência e autonomia, recebendo as intervenções adequadas para o desenvolvimento de habilidades.
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Existem alguns traços autÃsticos pouco óbvios em mulheres autistas afinal elas são mais sociáveis porem mais ingênuas, mais suscetÃveis a se envolverem com pessoas narcÃsicas por exemplo. Afinal não tem muito traquejo com os meninos sofrendo até bullying porque não percebem o sinal de perigo. Com isso tem mais chances de sofrerem abusos ou violência sexual. Outra caracterÃstica é ter ansiedade por achar que precisa esconder ou mascarar sua identidade. Esse recurso adaptativo da camuflagem pode não dar certo se usado com exagero. Podendo levar a exaustão emocional e fÃsica por ter que se manter numa postura que não é a verdadeira e aumentar a ansiedade. A outra é a sÃndrome do impostor porque a menina precisa ficar camuflada por estar reprimidas. Ao se compararem com outras mulheres que usam salto alto, maquiagem e etc, elas acham que precisam se enquadrar negando suas vontades e necessidades, são tantos conflitos internos que parecem que vã ficar doidas. Nas relações gostam de papeis de liderança para não ter que ficar de muito papo ou dando muitas justificativas, preferem ter tudo organizado e executarem as tarefas para evitar confusão. Esse traço de liderança é muito positivo, mas tudo tem limite para não sofrer um Burnout. A imitação está no espelhamento afinal ela emita com muita facilidade, incorpora movimentos, sotaques e etc se bem aplicada pode ser muito bom. A estereotipia secreta das meninas manifesta esses movimentos com mais discrição, sutil porque os pais ficam querendo ensinar a se comportarem e acaba que o diagnóstico pode demorar porque será menos um sintoma. Geralmente a melhor comunicação vem pela escrita é melhor do que verbalmente, conseguem se expressar com mais nitidez. Curioso que tem mais amigos do que amigas, afinal no meio das meninas será mais comparada e com os meninos vai conversar sobre assuntos que lhe interessam mais. São também altamente sensÃveis ou consideradas frescas por muitas vezes serem mais instáveis.
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A origem do Transtorno do Espectro Autista (TEA) não é especÃfica. Estudos cientÃficos indicam uma forte influência genética e hereditária, juntamente com associações a fatores de risco ambientais. Os sintomas do autismo podem variar dependendo da severidade do transtorno. No entanto, há alguns sinais que podem auxiliar na identificação do autismo leve em adultos. Estes incluem a dificuldade em interpretar linguagem não verbal, como expressões faciais (olhar, gestos, etc.); pouca habilidade em compreender ironias, metáforas ou mensagens com significados ocultos, o que pode levar a uma aparência de ingenuidade ou falta de malÃcia; sinais sutis de emoções como tristeza, alegria, raiva e cansaço, que frequentemente passam despercebidos pelos autistas, podendo ser interpretados como falta de empatia; dificuldade em expressar afeto e falar sobre sentimentos próprios, assim como em receber demonstrações de carinho e compreender os sentimentos alheios; limitação na compreensão de conceitos abstratos, resultando em um estilo de comunicação objetivo e direto; potencial destaque em certas áreas devido a interesses restritos e repetitivos (hiperfoco), o que os torna talentosos em campos nos quais possuem afinidade; rigidez em relação à rotina, levando a ansiedade e irritação diante de atividades não planejadas; e sensibilidade reduzida a ruÃdos, ambientes agitados, muita luz, assim como a contato visual prolongado e proximidade fÃsica. É importante ressaltar que essa lista é apenas exemplificativa, já que cada indivÃduo no espectro autista apresenta seu próprio conjunto de caracterÃsticas distintas. Por não ser uma doença, mas sim uma condição que afeta todas as etapas da vida da pessoa, não se fala em "cura", mas em tratamento, o qual deve ser iniciado precocemente diante de qualquer suspeita de autismo, mesmo que o diagnóstico ainda não tenha sido confirmado. A inclusão e a aceitação da diversidade são essenciais para termos uma sociedade mais justa e equitativa para os autistas, que têm muito a nos enriquecer com suas perspectivas únicas e habilidades especiais.
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Adultos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) enfrentam dificuldades significativas em interagir e socializar. Reconhecer expressões faciais, sinais de comunicação não verbal, regras sociais, piadas, indiretas e sarcasmo é desafiador para eles, levando a respostas diretas e incomuns durante conversas. O diagnóstico do TEA é principalmente clÃnico, envolvendo a avaliação dos sinais e sintomas do paciente, juntamente com informações coletadas por meio de entrevistas com familiares e cuidadores sobre o histórico de desenvolvimento e rotina da pessoa. O cérebro de uma pessoa autista possui áreas de processamento mais forte e áreas mais fracas em comparação ao de pessoas neurotÃpicas, resultando em diferenças na coleta e interpretação de informações que podem tornar o mundo caótico e confuso. Os sintomas leves do autismo podem ser confundidos com timidez, falta de afetividade ou comorbidades psiquiátricas, como transtorno de ansiedade social, transtorno obsessivo-compulsivo ou transtorno esquizoafetivo. Alguns sinais incluem preferência por ficar sozinho em vez de brincar com outras crianças, falta aparente de medo em situações perigosas, repetição de palavras ou frases em contextos inapropriados e não responder ao ser chamado pelo nome, assemelhando-se a uma pessoa surda. No chamado autismo de baixo funcionamento, caracterizado como nÃvel três, os sintomas são severos, incluindo déficits graves na comunicação verbal e não verbal, baixa resposta a interações sociais, dificuldade significativa em mudar o foco e comportamentos rÃgidos e repetitivos.
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FILMES
1. Tão Forte e Tão Perto
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2. PO
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LIVROS
. Espectro Autista Feminino: Invisibilidade, diagnóstico e perspectivas - por Thiago Castro (Autor), Lygia Pereira (Autor).
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. Como é ser autista - por Charlotte Amélia Poe (Autor).